
Uma visão filosófica do ser: A vida dos animais e o conto “The glass abattoir”, de JM Coetzee A Philosophical Vision about being: The Life of Animals and the short story The “Glass Abbatoir”, by JM Coetzee
Author(s) -
Marília Fátima de Oliveira
Publication year - 2021
Publication title -
ilha do desterro
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2175-8026
pISSN - 0101-4846
DOI - 10.5007/2175-8026.2021.e72948
Subject(s) - philosophy , humanities
Este artigo analisa “The glass abattoir”, um dos contos de Moral tales (COETZEE, no prelo b), entendido como uma sequência de A vida dos animais (COETZEE, 2003), ambos escritos por JM Coetzee. Buscaremos compreender o movimento do autor na direção da ética em favor do direito à vida dos animais, questionando os códigos morais que justificam o consumo de carne. Coetzee transita pelo discurso filosófico em ambas as obras, refutando a existência de uma superioridade humana sobre esses animais. Em ambos os textos, a personagem principal é Elizabeth Costello, considerada alter ego de Coetzee. No conto, ela assume o inconformismo do autor com relação à forma que nós, indivíduos onívoros, tratamos os animais que comemos e estabelecemos um “equilíbrio ecológico” ao decidir quais, como e quando morrem. Mostramos que, em “The glass abattoir”, a personagem rompe com os discursos e planeja tornar fisicamente visível o que ocorre dentro dos abatedouros.