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Os Estados Unidos e as negociações sobre a criação do posto de Alto Comissário para Direitos Humanos da ONU
Author(s) -
Matheus de Carvalho Hernandez
Publication year - 2018
Publication title -
esboços
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2175-7976
pISSN - 1414-722X
DOI - 10.5007/2175-7976.2017v24n38p286
Subject(s) - political science , humanities , art
A literatura sobre direitos humanos normalmente credita às mobilizações das ONGs lideradas pela Anistia Internacional a aprovação consensual, em 1993, da criação do posto de Alto Comissário para Direitos Humanos da ONU, o principal responsável por direitos humanos dentro da ONU. Contudo, há outro importante ponto a ser considerado para compreender essa aprovação: a mudança de posição dos EUA em relação à pauta. Durante a Guerra Fria, os EUA eram apenas discretos apoiadores da proposta em razão da priorização dos cálculos geopolíticos do período. Terminada a Guerra Fria, a sistemática oposição da URSS à criação do posto desapareceu. Assim, a administração Clinton, que pretendia se mostrar como a principal responsável por uma mudança positiva na política externa de direitos humanos do país em comparação à antecessora H. Bush, tornou-se a principal apoiadora da criação do posto de Alto Comissário para Direitos Humanos da ONU. O objetivo deste artigo não é negar a relevância das mobilizações das ONGs em 1993, mas apenas evidenciar como aquele contexto histórico criou as condições para que os EUA pragmaticamente assumissem a liderança da proposta.

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