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Análise da complexidade de itens do ENADE à luz da Taxonomia de Bloom Revisada: contributos ao ensino de Física
Author(s) -
João Paulo de Castro Costa,
Maria Inês Martins
Publication year - 2017
Publication title -
caderno brasileiro de ensino de física
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2175-7941
pISSN - 1677-2334
DOI - 10.5007/2175-7941.2017v34n3p697
Subject(s) - humanities , philosophy
A avaliação do Ensino Superior no Brasil é realizada pelo Sistema Nacional de Educação Superior (SINAES), que tem como um de seus indicadores o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE). Neste trabalho foram analisados 120 (cento e vinte) itens objetivos e discursivos das provas ENADE para a Licenciatura em Física, nas edições de 2005, 2008, 2011 e 2014, buscando estudar a sua complexidade pela Taxonomia de Bloom Revisada (TBR). A TBR apresenta uma proposta de classificação bidimensional cruzando uma dimensão do conhecimento, isto é, “o que” o estudante deve saber para resolver a tarefa proposta, com os processos cognitivos envolvidos na resolução da tarefa proposta, refletindo “como” o problema é resolvido. Para a TBR o conhecimento pode ser compreendido nas dimensões: efetivo, conceitual, procedural e metacognitivo, que tratam, respectivamente, de conhecimentos básicos de terminologia, conhecimentos de conceitos, conhecimentos de metodologia procedimental e conhecimentos reflexivos e analíticos sobre a escolha para resolver a tarefa. Os processos cognitivos, apresentados por verbos na TBR, classificam quais habilidades o estudante requer para resolver a tarefa: lembrar, entender, aplicar, analisar, avaliar e criar. Para discriminar as capacidades requeridas nos itens discursivos, foram observados os padrões de respostas divulgados pelo MEC e, nos itens de múltipla escolha, a nossa resolução das questões. Em seguida, os itens foram alocados na tabela bidimensional proposta pela TBR, a qual nos fornece um panorama de cada prova. Observa-se na dimensão do conhecimento que apenas 17 (14%) dos itens avaliados nas quatro edições do exame estão no domínio do conhecimento efetivo, enquanto que 103 (86%) dos itens requerem os domínios do conhecimento conceitual e procedural (procedimental), os quais exigem níveis de maior complexidade. Entende-se tal resultado como compatível com o papel estratégico do ENADE como indicador balizador da qualidade do Ensino Superior Brasileiro. Pretende-se ampliar a atualização de docentes de Física do ensino superior acerca do Exame, possibilitando-lhes refletir sobre os aspectos da cognição envolvidos no ENADE, na perspectiva proposta pela TBR, incorporando seus pressupostos em sua práxis.

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