z-logo
open-access-imgOpen Access
Silêncio e “manhas”: formas de resistência do subalterno em Jane Eyre
Author(s) -
Charles Albuquerque Ponte,
Vanalucia Soares da Silveira Oliveira
Publication year - 2015
Publication title -
anuário de literatura
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2175-7917
pISSN - 1414-5235
DOI - 10.5007/2175-7917.2015v20n1p147
Subject(s) - civility , subaltern , oppression , appropriation , sociology , white (mutation) , resistance (ecology) , honesty , colonialism , humanities , gender studies , aesthetics , psychoanalysis , philosophy , law , theology , political science , psychology , politics , epistemology , ecology , biochemistry , chemistry , biology , gene
Este trabalho tem como objetivo analisar as estratégias de resistência dos subalternos em Jane Eyre (2008), romance de Charlotte Brontë publicado originalmente em 1847, a partir de uma interpretação pós-colonialista. As personagens enfatizadas serão as oriundas da Jamaica, Bertha Mason e seu irmão, Richard, utilizando os modelos de resistência que Ascroft, Griffiths e Tiffin (2010) definem como ab-rogação e apropriação e as que Bhabha (2010) menciona como sly civility (cortesia dissimulada) e mímica. Bertha Mason, a principal representante da subalternidade, faz mais uso da sly civility e da ab-rogação, enquanto Richard Mason utiliza-se mais da mímica e da apropriação, isso porque a colonizada repudia a cultura do centro, ao negar a linguagem europeia, diferentemente do irmão, que procura a imitação, ao apropriar-se do discurso do europeu para garantir seu lugar social, e, desse modo, o hibridismo cultural. Considerada louca e não tendo voz no romance, Bertha Mason desperta a nossa curiosidade acerca da honestidade da narradora, por esta ser branca e seu discurso ser construído a partir de discursos de personagens também brancos, principalmente o de Rochester cujo casamento com a autóctone fora considerado uma empreitada colonial. Dessa forma, somos motivados a compreender a exclusão dos subalternos do mundo simbólico, em correlação com sua procedência racial, cultural e mental, extraindo disso a possibilidade de as cesuras discursivas simbolizarem a opressão e repressão coloniais de uma assujeitação violenta. No entanto, isso não atesta a anulação do sujeito subalterno, pois mesmo censurado, discursivamente, encontra alternativas para resistir às forças colonizadoras

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here