
A sobrevivência da estátua
Author(s) -
André Piazera Zacchi
Publication year - 2020
Publication title -
boletim de pesquisa nelic
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1984-784X
pISSN - 1518-7284
DOI - 10.5007/1984-784x.2019v19n30p39
Subject(s) - art , humanities
No poema de Manuel Bandeira o cacto é uma estátua. Essa estátua tomba e interrompe a vida na cidade. Na morte o cacto se historiciza e, nesse sentido, ganha vida. A montagem das imagens no poema e sua leitura vertical, livre, nos apontam para outras imagens como as da escultura negra de Carl Einstein e sua leitura por Chris Marker e Alain Resnais em As estátuas também morrem, ou imagens como as poses dos nativos em ¡Que viva México! de Eisenstein. A morte revolucionária e a intratabilidade fazem do cacto uma estátua sobrevivente.