O matemático e a barata

Três amigos se encontram, não exatamente no mesmo espaço e tempo. Eles falam de suas vidas, profissões, demandas e tarefas diárias. Um 13º cenário é a formação matemática de professores de matemática. Outro 26º é um modo de problematizar políticas e estéticas de pesquisa na área de Educação Matemática – provocando algumas faíscas, inventando (sendo inventado) outras possibilidades. Qualquer outro cenário pode ser produzido, dependendo do pacto que cada leitor, digo autor deste texto, possa se interessar. Angústias, contradições, suspensões, desconstruções, circunstâncias da formação inicial de professores e de modos de produção/invenção de pesquisa em Educação Matemática são produzidos. Este é o primeiro ato. Pequenas frases (podem) provocam algumas sensações, intensidades, demandas para (possíveis) outros modos de produzir significados. Elas não explicam, nem mesmo de sistematizam algo. Elas apenas estão e, por estarem, constituem possíveis possibilidades. Não indicam, afetam. Não explicam, deixam em suspensão. Este é o segundo ato. Talvez, a ficção possa oferecer outras possibilidades para problematizar (e nos problematizarmos) nossas práticas culturais e nossos movimentos de teorizações. Um modo de ver, produzir, inventar, ser afetado e sentir o que do outro pode ter algum efeito em mim – sempre em tentativas de colocar nossas identidades em risco. Ficção como processo, como movimento. Apenas outro.