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Abuso de substâncias gêmeas: Pap e Kuhn contra a distinção entre propriedades essenciais e acidentais de espécies científicas
Author(s) -
Jeferson Diello Huffermann
Publication year - 2021
Publication title -
principia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.176
H-Index - 4
eISSN - 1808-1525
pISSN - 1414-4247
DOI - 10.5007/1808-1711.2021.e77396
Subject(s) - philosophy , humanities
Neste artigo analiso criticamente o essencialismo acerca de espécies naturais [natural kinds] a partir da teoria funcional do a priori de Arthur Pap (1943, 1944 e 1946). De maneira similar a outros autores que privilegiam a prática científica, mostra-se que há razões para rejeitar a legitimidade da distinção entre propriedades essenciais e propriedades acidentais no interior de uma teoria científica. Buscamos mostrar como uma resposta muito similar àquela de Thomas Kuhn ao célebre experimento de pensamento da Terra Gêmea pode ser formulada a partir da teoria funcional de Pap. Tanto Kuhn quanto Pap apresentam razões pelas quais devemos rejeitar a aplicação da teoria causal da referência ao léxico científico. Com base em uma análise da prática científica da primeira metade do século XX mostramos que a distinção entre propriedades acidentais e essenciais de espécies científicas é inadequada (o caso do “Fósforo Gêmeo”). Isso nos permite aproximar a teoria funcional do a priori da “virada histórica” em filosofia da ciência encontrada em autores como Kuhn, mostrando como essa virada foi um processo mais contínuo do que pensado inicialmente. 

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