
Inseguranças, incertezas e o desalento pós-moderno: o estado de crise nos últimos textos de Zygmunt Bauman
Author(s) -
Rodolfo Rodrigo Santos Feitosa
Publication year - 2018
Publication title -
interthesis
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1807-1384
DOI - 10.5007/1807-1384.2018v15n2p1
Subject(s) - humanities , philosophy
A realidade social contemporânea é marcadamente associada a circunstâncias que geram um “permanente estado de crise”. Zygmunt Bauman se destacou pela atenção dedicada à compreensão do status de crise na modernidade líquida. O presente ensaio lança luz sobre duas de suas últimas obras, a saber, Estado de Crise e Estranhos à nossa porta. Os argumentos e ideias destacados à discussão representam possibilidades a abordagens interdisciplinares que interpelem a condição humana e as práticas sociais hodiernas. Neste sentido, a perda do poder de agência do Estado, a difusão dos riscos e vulnerabilidades decorrentes, assim como as condutas de estranhamento e desconfiança à alteridade, são questões debatidas à luz de outras obras do autor e em diálogo com contribuições recentes da teoria social. A reflexão aponta o caráter indissolúvel da crise na pós-modernidade como fonte de tensão que articula incertezas, inseguranças e vulnerabilidades, asseverando o individualismo e a hostilidade em determinados contextos, sendo a autocrítica social um caminho viável para se evitar esses problemas.