
Denunciar ídolos: uma tarefa filosófica
Author(s) -
Vilmar Debona
Publication year - 2019
Publication title -
ethic@
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1677-2954
DOI - 10.5007/1677-2954.2019v18n1p85
Subject(s) - philosophy , humanities
A questão norteadora consiste em indicar relações entre o tema da ausência ou da supressão de individualidades e o surgimento de ídolos. Dentre inúmeros casos que a história da filosofia ostenta, aqui são indicadas razões para assumirmos que Arthur Schopenhauer e Max Horkheimer ensejam dois exemplos de denúncias filosóficas de idolatrias e fanatismos. As simetrias no modo com que os pensadores tratam da questão são possibilitadas não apenas pela leitura cirúrgica e original que o pai da Teoria Crítica faz de Schopenhauer, mas também, e principalmente, pela asserção horkheimeriana de que “a doutrina de Schopenhauer tem significado no presente pelo fato de denunciar os ídolos de maneira implacável”. Deste, a crítica à ausência de individualidade, à banalidade e à in-diferença dos “humanos comuns”. Daquele, a preocupação com formas de atomização social que, ao surgirem, necessariamente ameaçam e