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A presença de gatilho alimentar é associada a osmofobia em indivíduos com migrânea.
Author(s) -
Amanda Pasquini de Freitas,
Ana Carolina Benetti Martini,
Eloisa Cristine Lohse,
Maria Paula Bertoletti,
Valéria Aparecida Bello,
Regina Célial Poli Frederico,
Aline Vitali da Silva
Publication year - 2021
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2763-6178
DOI - 10.48208/headachemed.2021.supplement.6
Subject(s) - medicine , art
Introdução A migrânea é caracterizada por episódios recorrentes de cefaleia que podem ser desencadeados por gatilhos presentes na alimentação. Objetivo Identificar os preditores clínicos da presença de gatilho alimentar precedendo episódios de cefaleia em indivíduos com migrânea. Métodos Estudo prospectivo do tipo caso-controle composto por pacientes com migrânea. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética (n°3.029.972). Foi realizada entrevista estruturada e obtidos dados demográficos, clínicos, antropométricos e dados relacionados a migrânea e suas características. Os participantes responderam a questionários validados referentes a ao impacto da migrânea (HIT-6), depressão (IDB), ansiedade (STAIY2) e alodinia (ASC-12). Foi realizada análise univariada seguida de regressão logística binária e considerada diferença estatística quando p≤0,05.  Resultados Participaram do estudo 409 indivíduos, 85,4% eram mulheres, com mediana de 32 anos, 56,7% tinham migrânea episódica e 37,4% apresentavam aura. Dentre os participantes, 229 (55,9%) relataram perceber gatilho alimentar precedendo episódios de cefaleia. Estes indivíduos apresentavam mais frequentemente sintomas de hipersensibilidade sensorial como fonofobia (89,1% vs. 81,6%), fotofobia (96,1% vs. 89,9%), osmofobia (77,9% vs. 56,7%), alodinia (56,9% vs. 42,9%) e aura (43,7% vs. 29,4%), também apresentavam maior ansiedade (4,8% vs. 1,2%) e impacto da migrânea (89,5% vs. 79,6%) (p≤0,05). Em análise multivariada identificou-se que somente a osmofobia (OR=2,23; p=0,009) e o impacto da migrânea (OR=2,98; p=0,007) permaneceram associados a presença de gatilho alimentar.  Conclusão Pacientes com osmofobia apresentaram 2,2 vezes maior chance de perceberem gatilho alimentar. Visto que não há ainda comprovação exata do motivo pelo qual alimentos desencadeiam cefaleia, aventa-se a hipótese de que a percepção sensorial causada pelo alimento e representada pela osmofobia seria um contribuinte da percepção de gatilho alimentar. 

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