
Red Ear Syndrome: Uma síndrome rara associada à cefaleia primária
Author(s) -
Juliana Baleki Borri,
Carlos Alberto Bordini,
Hilton Mariano da Silva
Publication year - 2021
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2763-6178
DOI - 10.48208/headachemed.2021.supplement.31
Subject(s) - medicine , gynecology
Introdução
A Red Ear Syndrome (RES) é uma afecção rara (cerca de 50 casos idiopáticos foram publicados em 24 anos), de etiologia e tratamentos ainda mal definidos. Caracteriza-se por hiperemia da orelha descrita como uma sensação de queimação, e na maioria dos casos idiopáticos está associada a cefaleia primária, mas pode ocorrer isoladamente.
Objetivo
Reportar um relato de caso sobre a RES em conjunto com enxaqueca.
Material e Métodos
Relato de uma mulher, 31 anos, apresentou-se há 10 anos com dor aguda, edema e eritema acentuado no pavilhão da orelha, ocasionalmente acompanhada por hiperidrose e queimação local. Estes, ocorreram de forma espontânea ou foram induzidos por gatilhos. Durante os ataques, o resfriamento era o único meio de alívio. A paciente relatava associação clara entre a orelha vermelha e algumas crises de enxaqueca. Exames complementares não mostraram anormalidades.
Resultados
O diagnóstico dessa paciente é de RES. Existem duas formas da afecção: idiopática que ocorre mais frequentemente em pessoas jovens, sendo espontânea ou associada a cefaleia; e a forma secundária associada a disfunção da porção superior da coluna cervical ou a disfunção temporomandibular. Acredita-se que a ativação do sistema trigêmino-vascular seja a via comum para ambas as formas.
Conclusões
A incerteza sobre a etiologia desta síndrome é um obstáculo para o tratamento. Novos relatos sobre o distúrbio são importantes para aumentar o conhecimento dos médicos e profissionais da saúde e diminuir o retardo diagnóstico e sofrimento dos pacientes