
Dor orofacial em pacientes com disfunção temporomandibular: uma revisão sistemática da literatura
Author(s) -
Caio de Almeida Lellis,
Samyla Coutinho Paniago,
Pedro Tertuliano,
Maria Dib,
Natalia Guisolphi,
Vitória da Silva
Publication year - 2020
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2763-6178
DOI - 10.48208/headachemed.2020.supplement.86
Subject(s) - medicine , orofacial pain , gynecology , physical therapy
IntroduçãoSegundo a Sociedade Brasileira de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial, a dor orofacial (DOF) é uma condição dolorosa associada a tecidos moles e mineralizados da cavidade oral e da face. Entre crianças e adolescentes brasileiros, estima-se que haja uma prevalência de DOF de 25,2% que se relaciona com fatores como cefaleia e bruxismo, afetando demasiadamente a qualidade de vida dessa população. Dentre as opções de manejo da DOF, podem ser utilizados tratamentos invasivos ou não, ainda em discordância quanto à eficácia no público jovem. O objetivo deste estudo é buscar na literatura as opções terapêuticas atuais mais eficazes no manejo da dor orofacial de crianças e adolescentes com DTM.Material e MétodosTrata-se de uma revisão sistemática da literatura nos bancos de dados PubMed, Lilacs e MedLine, com os descritores: “(Temporomandibular Dysfunction OR DTM) AND Treatment” (n = 133). Foram selecionados os ensaios clínicos randomizados, relatos de caso e metanálises publicados nos últimos 10 anos, outros filtros utilizados foram: idade até 18 anos e texto completo (n = 31). Foram excluídos os estudos duplicados e aqueles que não se enquadravam nos objetivos. (n = 10).ResultadosAnquilose da Articulação Temporomandibular (ATM) é uma doença articular multifatorial que se refere à adesão óssea ou fibrosa dos componentes anatômicos da articulação, resultando na perda da função e em intensa e persistente DOF. Um relato de caso concluiu que, embora não haja consenso sobre a totalidade do tratamento cirúrgico no caso de ATM, indica-se começar o manejo terapêutico assim que for feito o diagnóstico com mobilização precoce, fisioterapia agressiva e acompanhamento clínico, tendo como objetivo restaurar a mobilidade mandibular e reduzir os episódios de dor. Ademais, um ensaio clínico randomizado constatou que a ATM éuma das desordens mais significativas do sistema estomatognático, pois causa dores associadas a graves limitações funcionais, como dificuldade de mastigação e problemas psicológicos e clínicos devido à má higiene bucal, sendo bastante significativos em crianças, pois o tratamento é ainda mais complexo devido ao fato da região condilar ser um local de crescimento ativo.ConclusãoA DTM associou-se muito a ATM e o seu tratamento precoce é fundamental para o manejo desse tipo de dor, principalmente quando envolve pacientes pediátricos.