
Características da dor e sintomas psicoemocionais na enxaqueca e na cefaleia do tipo tensional: estudo observacional
Author(s) -
Ingrid Kyelli Rodrigues,
Thamires Pereira,
Maria Ivone Oliveira Dantas,
Itanara dos Santos,
Amanda Luiza Marinho Feitosa,
Fernanda Mylla Ferreira,
Josimari Melo DeSantana
Publication year - 2020
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2763-6178
DOI - 10.48208/headachemed.2020.supplement.21
Subject(s) - humanities , psychology , medicine , philosophy
IntroduçãoA enxaqueca e a cefaleia do tipo tensional (CTT) são os tipos de cefaleia mais frequentes na população mundial. A cronicidade de ambas está relacionada a maior presença de fatores psicoemocionais, porém a enxaqueca tem como característica a intensidade de dor mais grave do que a CTT. O objetivo deste estudo é avaliar fatores psicoemocionais e correlacionar com as incapacidades relacionadas à cefaleia de pacientes com enxaqueca e cefaleia do tipo tensional.Material e MétodosTrata-se de um estudo do tipo observacional, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFS (CAAE: 08310319.1.0000.5546). Participaram da amostra indivíduos com diagnóstico de enxaqueca e CTT crônicas. Foram avaliados quanto à incapacidade relacionada à cefaleia e frequência de dor pelo Migraine Disability Assessment (MIDAS), intensidade de dor pela escala numérica (EN) de 11 pontos, qualidade de vida pelo SF-36, ampliação de estímulos psicoemocionais pela escala de catastrofização da dor e medo ao movimento pela escala de cinesiofobia de Tampa. Para análise estatística, foi utilizado software SPSS, teste Shapiro-Wilk para normalidade, Teste T Independente e correlação de Pearson (dados paramétricos) ou Mann Whitney e correlação de Spearman (não paramétricos). Nível de significância: 95%.ResultadosTrinta e dois indivíduos foram divididos em 2 grupos: enxaqueca crônica (EC) (n=14) e CTT crônica (n=18). O grupo enxaqueca (2,83±0,38) apresentou pior incapacidade relacionada à cefaleia do que o grupo CTT (2,47±0,51) (p=0,02), porém, não houve diferença significante na frequência de crises por mês entre os grupos (p 0,05). Além disso, o MIDAS não apresentou correlação com as variáveis psicoemocionais.ConclusãoPacientes enxaquecosos apresentaram maior intensidade de dor e maior incapacidade que cefaleicos e não mostraram diferenças quanto a comportamentos psicoemocionais.