
Cefaleia em profissionais da linha de frente do Covid-19
Author(s) -
Pedro Igor Lustosa Roriz,
Silvanildo Filho,
Alécio Farias,
Lara Menezes
Publication year - 2020
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2763-6178
DOI - 10.48208/headachemed.2020.supplement.19
Subject(s) - humanities , covid-19 , medicine , art , disease , infectious disease (medical specialty)
IntroduçãoA maior parte dos estudos que avaliam a saúde dos profissionais envolvidos com a linha de frente ao enfretamento à pandemia do COVID-19 avalia, principalmente, os aspectos psicológicos e o risco de contaminação pelo vírus. Poucos estudos avaliam os efeitos adversos do uso de EPIs (máscara e protetor facial), equipamentos necessários para minimizar os riscos de infecção. Alguns autores demonstram a alta incidência de complicações cutâneas relacionadas ao uso desses equipamentos e outros já começam a relatar a prevalência de cefaleias associadas ao uso desses materiais.MétodosFoi realizado inquérito virtual, por meio de formulário digital e de realização espontânea, encaminhado aos profissionais de nível superior que trabalham ou trabalharam em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) COVID-19, nas cidades de Juazeiro-BA e Petrolina-PE, durante o curso da pandemia. Foi questionado aos participantes sobre a presença de cefaleia durante o uso de EPIs (máscara e protetor fácil), duração dessa dor e se existiu relação de melhora após retirada desses equipamentos, respeitando os critérios diagnósticos de cefaleia por compressão externa da classificação internacional de cefaleia 4. Optamos por questionário digital para evitar a disseminação da doença.ResultadoNo total, obtivemos 37 formulários e apenas 4 participantes não relataram presença de algum tipo de cefaleia. Dos 33 participantes, que relataram o sintoma, 63,6% eram do sexo feminino e 36,4% do sexo masculino,16 médicos, 11 enfermeiros e 6 fisioterapeutas. Observamos 62,16% de prevalência de cefaleia por compressão externa entre os profissionais de saúde, que trabalham em UTI COVID-19, relacionada ao uso de máscara e de protetor facial.ConclusãoMesmo com um número não expressivo de pessoas avaliadas, esse trabalho consegue demostrar a possibilidade de alta prevalência de cefaleia causada pelo uso de EPIs. Não é intenção desestimular o uso, mas aumentar o interesse em fomentar a criação de equipamentos mais confortáveis e anatomicamente viáveis, bem como estimular pesquisas com essa temática.