Open Access
Fibromigraine: a new name for an old disease?
Author(s) -
Louana C. Silva,
Daniella Araújo de Oliveira,
Hugo A. L. Martins,
Fabíola Lys de Medeiros,
Lúcia Cristiane Leite de Araújo,
Waldmiro Antônio Diégues Serva,
Joaquim J. S. Costa Neto,
Paloma Lys de Medeiros,
Simone C. S. Silva,
Marise F. L. Carvalho,
Maria da Conceição Sampaio,
Tânia C. M. Couceiro,
Jane Auxiliadora Amorim,
Michelly C. Q. Gatis,
Larissa Pessanha Vieira,
Clara A. Pereira,
Raimundo Pereira da Silva Néto,
Roberta Pinheiro de Souza,
Mario F. P. Peres,
Marcelo Moraes Valênça
Publication year - 2011
Publication title -
deleted journal
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2763-6178
DOI - 10.48208/headachemed.2011.19
Subject(s) - fibromyalgia , migraine , medicine , allodynia , chronic fatigue syndrome , mood disorders , mood , hyperalgesia , psychology , anesthesia , physical therapy , nociception , psychiatry , anxiety , receptor
Fibromialgia e migrânea são doenças comuns que acometem predominantemente mulheres e compartilham mecanismos fisiopatológicos semelhantes. Revisamos aspectos fisiopatológicos em relação aos mecanismos de controle da dor e disfunção neuroendócrina que ocorrem na fibromialgia e na migrânea. Discutimos também a participação de centros hipotalâmicos e do tronco cerebral no controle da dor, o suposto papel desempenhado pelos neurotransmissores ou neuromoduladores na sensibilização central, e suas alterações no líquido cefalorraquidiano. Lançamos o conceito de ser uma única doença a combinação da migrânea com a fibromialgia (que chamamos de fibromigrânea). Em um estudo preliminar envolvendo 41 mulheres com migrânea, 4 subgrupos foram analisados: controle só com migrânea, pacientes com migrânea e fibromialgia clássica (fibromigrânea), e outros dois grupos quando apenas um dos dois critérios da fibromialgia foi contemplado, como migrânea associada com dor crônica corporal por mais de 3 meses (fibromialgia parcial com poucos pontos dolorosos) e migrânea associada com hiperalgesia difusa (fibromialgia parcial sem dor corporal crônica). Houve uma frequência maior de alodinia cefálica, fadiga, distúrbios humor e do sono no grupo com fibromigrânea em relação ao grupo só com migrânea. Concluímos que há um continuum entre migranosos sem hiperalgesia generalizada ou dor corporal crônica por mais de 3 meses e aqueles com a fibromigrânea. Nas mulheres com migrânea a presença de síndrome fibromiálgica aumenta a frequência de fadiga, distúrbios do sono e humor e alodinia tátil cefálica.