
A CONSTRUÇÃO DA LOUCURA NO CONTO MIOPIA PROGRESSIVA
Author(s) -
Ronaldo Gomes dos Santos,
Joelma Correia da Silva,
Amanda Ramalho de Freitas Brito
Publication year - 2020
Publication title -
revext/revext
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2675-3979
pISSN - 2447-2751
DOI - 10.48179/revext.v5i1.175
Subject(s) - humanities , philosophy
A discussão sobre a loucura assume ao longo da história do ocidente diferentes compreensões, passa da relação com a percepção de possessão demoníaca, seria para o homem um castigo divino advindo das consequências de manias pecaminosas, às persecutórias atuantes sobre pessoas que aparentemente mostrava um comportamento desviante das normas estabelecidas. No final do século XIX a Psicanálise apresenta novos modelos de entendimento da loucura sob a luz das três estruturas clínicas: neurose, psicose e perversão. Nesse sentido, a loucura torna-se então um reflexo da identidade individual de cada pessoa. Á luz das teorias sobre a loucura iremos mostrar uma concepção fundamentada em Lacan e Foucault. Partindo desses pressupostos podemos compreender a loucura como uma experiência sensível da humanidade, que busca se reconhecer nos sentidos criados por si e para o mundo a sua volta, causando assim, rupturas do real e imaginário. Para perceber essa experiência, usaremos as teorias de Lacan para analisar a categoria personagem no conto Miopia Progressiva, que está inserido no livro Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector.