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AS REINVENÇÕES LITERÁRIAS DA HISTÓRIA E DA MEMÓRIA: AS IMPOSSIBILIDADES DO MITO FUNDACIONAL BRASILEIRO EM DESMUNDO, DE ANA MIRANDA
Author(s) -
Mônica Naiara Pereira da Silva Santos
Publication year - 2020
Publication title -
revista de literatura, história e memória
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1983-1498
pISSN - 1809-5313
DOI - 10.48075/rlhm.v16i28.26023
Subject(s) - humanities , art , philosophy
Objetiva-se, por meio deste artigo, analisar o processo de (re)construção do mito fundacional no romance Desmundo (1996), da escritora cearense Ana Miranda. Para tanto, apresenta-se, a título de introdução ao debate, algumas considerações essenciais à discussão, como o conceito de nação (RENAN, 1997; ANDERSON, 2008; BHABHA, 1997; 1998; SANTOS, 1997) e como este se inscreve no imaginário literário, além do conceito de mito (BARTHES, 2009) e de mito fundacional (CHAUI, 2000). Essas questões são relevantes para que se possa entender os usos e (pré)juízos do mito fundacional na estética literária. Avaliando a narrativa em Desmundo como uma ficção-limite (HELENA, 1993), investiga-se a retomada do mito de origem como “tópico de rasura da origem” (HELENA, 1993), em movimento contrário ao desenvolvido por José de Alencar em Iracema ([1865] 1989), obra que pode ser considera, neste contexto, “tópico de origem” (HELENA, 1993). Assim, busca-se compreender como a narrativa ficcional contemporânea pode contribuir no debate sobre a narração da nação brasileira.

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