
A CRÍTICA DE HANNAH ARENDT A NOÇÃO DE PROGRESSO
Author(s) -
Mário Sérgio de Oliveira Vaz
Publication year - 2018
Publication title -
revista alamedas
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1981-0253
DOI - 10.48075/ra.v6i1.18927
Subject(s) - humanities , philosophy , sociology
Trata-se de apresentar a crítica de Hannah Arendt (1906-1975) a noção de progresso a partir de seu livro Sobre a violência (1969). A saber, Arendt indica na segunda parte de seu livro Sobre a violência, que a ideia de progresso passou a ser vista dentro do movimento da Nova Esquerda [New Left] como um refúgio confortável com relação à realidade, dado que poderia fornecer respostas à pergunta: o que faremos agora? E a resposta seria apostar na ação violenta como o elemento necessário para modificar o curso político. Todavia, Arendt observa ainda que o conceito de progresso, dentro de qualquer teoria da história de vertente teleológica, está em flagrante contradição com o século XX, dados os eventos totalmente inauditos que nele se passaram. Não obstante, trata-se de pensar, de acordo com a autora alemã, o progresso nos termos de uma “fé cega”, que encontrou aceitação universal devido aos avanços das ciências naturais e a crença subjacente de que estas seriam ciências “universais”, responsáveis pela tarefa hercúlea de explorar ilimitadamente o espaço e de “elevar a estatura humana.”