Linguagem, escolaridade, relações profissionais: metroviárias de Belo Horizonte e Contagem/MG

Este estudo procura contribuir para a compreensão de uma mudança recente no Brasil, e mais especificamente na região metropolitana da capital de Minas Gerais: o surgimento de mulheres como trabalhadoras em ferrovias e sobretudo em metrôs, alterando um paradigma profissional que foi masculino durante décadas. Um dos aspectos que impulsionam essa mudança de paradigma é o avanço tecnológico que, enquanto diminui a necessidade de esforço físico no trabalho, aumenta a necessidade de esforço cognitivo intelectual e, em consequência, de escolaridade proficiente. Essa mudança de paradigma desenvolve-se em meio a conflitos que envolvem as relações profissionais das metroviárias com seus colegas de trabalho, por um lado, e com os usuários do metrô, por outro lado. O presente estudo, assim, procura contribuir para o conhecimento de uma mudança que atinge um amplo conjunto de trabalhadores e trabalhadoras.