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RESENHA CRÍTICA DO FILME LARANJA MECÂNICA DE STANLEY KUBRICK
Author(s) -
Flávio Roberto Chaddad
Publication year - 2022
Publication title -
recima21
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2675-6218
DOI - 10.47820/recima21.v3i2.1085
Subject(s) - philosophy , humanities , clockwork , art , physics , astronomy
A resenha a seguir trata-se de uma análise crítica do filme “Laranja Mecânica” (A Clockwork Orange - original) de Stanley Kubrick, produzido em 1971, baseado no livro hormônio de Anthony Burgess, de 1962. Para tanto, usarei como categorias para a análise as práticas discursivas e a ontologia do poder presentes em dois textos de Michel Foucault: A Ordem do Discurso e a História dos Sistemas de Pensamento, que é um resumo dos cursos dados por Foucault no Collège de France quando este assume a cátedras que era de Jean Hyppolite. Assim, observou-se no filme, a ação das práticas de saber (que em si, implicam em uma vontade de verdade, ou seja, a sua presentificação – aletheia) que se produzem e se reproduzem através dos discursos científicos que sustentam a ação penal, principalmente, a partir do século XIX. A ação penal busca “corrigir” o comportamento criminoso, trazê-lo para o que as práticas discursivas científicas entendem por normalidade, sobretudo, se amparando na medicina, na psiquiatria, na antropologia, na sociologia, na psicanálise e na pedagogia, que são as suas porta-vozes.