Open AccessPREVALÊNCIA DE TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA DO BRASIL E O IMPACTO DA PANDEMIA DA COVID-19
Author(s) -
Raissa Pinheiro Nery,
Gustavo Gavilan Alves da Silva,
Isabela Maria Rios Malta,
André Luca Araújo de Sousa,
Virgínia Araújo Albuquerque,
Juarez Lobo Bessa,
Antonione Santos Bezerra Pinto
Publication year - 2021
Publication title -
recima21
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2675-6218
DOI - 10.47820/recima21.v2i8.630
Subject(s) - medicine , humanities , covid-19 , philosophy , disease , infectious disease (medical specialty)
Os estudantes de medicina enfrentam eventos estressantes ao longo de sua carreira relacionados ao treinamento médico, tornando-os o grupo de estudantes mais angustiados entre todos os estudantes de graduação. Dessa forma, realizadou-se uma revisão sistemática da literatura para avaliar a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) em estudantes de medicina no Brasil e discutir o possível impacto da pandemia do COVID-19 no agravamento dessa condição. Logo, termos relacionados a faculdades de medicina, estudantes de medicina, saúde mental, transtornos mentais e Brasil foram buscados nas bases de dados PubMed, PsycINFO, SCIELO e LILACS. Foram incluídos estudos transversais que avaliaram a TMC entre estudantes de medicina no Brasil, utilizando o já validado Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20), e calculou-se uma média ponderada da prevalência desses distúrbios nos estudos encontrados. Avaliou-se também artigos relacionados à saúde mental dos estudantes de medicina em todo o mundo diante da pandemia da COVID-19. Houve a identificação de 663 registros na busca bibliográfica, dos quais 21 estudos preencheram os critérios de elegibilidade, totalizando 5344 estudantes de medicina. Após os cálculos, foi encontrada uma prevalência média de 35,9% de TMC nessa população. Portanto, uma alta prevalência de TMC entre estudantes de medicina no Brasil foi observada, o que predispõe um forte impacto negativo na saúde mental desses acadêmicos durante o período da pandemia do COVID-19, tornando necessário o lançamento de novas campanhas de educação e conscientização em saúde mental, envolvendo instituições de educação médica, famílias e comunidade em que o aluno está inserido.