
PANORAMA DOS SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS NO BRASIL NO PERÍODO DE 2009 A 2019
Author(s) -
Sheyla Maria Barreto Amaral,
Ana Paula Ferreira de Almeida,
Felipe Sousa da Silva,
Ysabele Yngrydh Valente Silva,
Marlene Nunes Damaceno
Publication year - 2021
Publication title -
recima21
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2675-6218
DOI - 10.47820/recima21.v2i11.935
Subject(s) - biology , humanities , art
Esse estudo objetivou analisar a situação epidemiológica dos surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA’s) no Brasil, nos anos 2009 a 2019, possibilitando conhecer seus fatores condicionantes e determinantes. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa e qualitativa, realizado com dados secundários por meio de análise documental retrospectiva das notificações referentes aos surtos de DTA’s. As variáveis analisadas foram: surtos notificados, casos expostos, número de doentes, óbitos registrados, agente etiológico, critério de confirmação, alimento incriminado e local de ocorrência do surto. Realizou-se a análise dos dados através do programa Microsoft Excel®, organizando-os em tabela e gráficos. Até o momento, 7.674 surtos foram notificados a Vigilância Sanitária no período analisado, com 109 óbitos registrados. A região Sudeste concentra a maioria (39,71%) dos surtos notificados. Entre os 10 principais agentes etiológicos envolvidos, a bactéria Escherichia coli representa 29% do total, seguido de Salmonella spp. e Staphylococcus aureus, com 17% e 16%, respectivamente. Dos 2.226 surtos confirmados laboratorialmente, em 64% os agentes etiológicos foram identificados, correspondendo a 84% por bactérias. Os alimentos mistos representam 24,39% das refeições envolvidas reveladas. O maior número de surtos notificados é proveniente de residências, configurando 37,86% dos locais de ocorrência. O elevado número de surtos notificados com o agente etiológico e o alimento envolvido não detectados, ressalta a necessidade urgente de investigar os elementos causadores dessa falha de identificação. Sugere-se a aplicação de medidas educativas para os manipuladores de alimentos e de capacitações para os profissionais de saúde ressaltando a importância da atuação no tocante as DTA’s.