
A trajetória dos cristãos-novos Diogo Correia do Vale e Luis Miguel Correia de Vila Real ao Auto da Fé de 6 de julho de 1732 (1670-1732).
Author(s) -
Daniela Cristilon,
Carla María Carvalho de Almeida
Publication year - 2020
Publication title -
escritas do tempo
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2674-7758
DOI - 10.47694/issn.2674-7758.v1.i3.20192020.121135
Subject(s) - humanities , art
Este artigo apresenta algumas análises preliminares de dados que irão compor a tese de doutorado que trata justamente dos cristãos-novos Diogo Correia do Vale e seu filho Luis Miguel Correia que foram presos pelo Santo Ofício em 12 de outubro de 1730 e levados para Lisboa a fim de responderem pelo crime de judaísmo. Diogo havia recebido 47 denúncias e Luis Miguel 26, sendo estas referentes a parentes e conhecidos. A família Correia do Vale teve 29 de seus membros presos e destes, 6 foram relaxados a justiça secular e 7 relapsos em judaísmo. Os desafetos familiares de Diogo somados à ação persecutória o levou junto ao seu filho do meio a se mudarem para as Minas Gerais por volta de 1725 com o intuito de recomeçarem a vida próximos a velhos conhecidos. Porém, não tardou muito para que familiares do Santo Ofício os capturassem em Vila Rica e os levassem à Lisboa, dando início a uma saga tão comum a muitos indivíduos, permeada de muitas denúncias, interrogatórios, notificações, testemunhas de defesa arroladas não ouvidas e uma sentença comum há dois homens considerados pelos inquisidores como judeus convictos, simulados, confitentes, diminutos, apóstatas e impenitentes.