
Alma e movimento em Aristóteles
Author(s) -
Francisco Moraes
Publication year - 2019
Publication title -
anais de filosofia clássica/anais de filosofia clássica
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1982-5323
pISSN - 1981-7606
DOI - 10.47661/afcl.v13i25.24769
Subject(s) - philosophy , humanities
No presente artigo, busco entender, a partir de Aristóteles, o nexo entre corpo e alma, tal como este é estabelecido no tratadoDe anima, em decorrência de uma investigação sobre o movimento. Investigo as razões que levaram Aristóteles a sustentar que a alma não se move, justamente por ser princípio do movimento. Ao negar que a alma seja ela mesma um vivente, o estagirita se posiciona de maneira crítica em relação ao diálogo Fédonde Platão, abrindo caminho para a consideração filosófica do corpo vivo e de sua funcionalidade. Na função (érgon) ou obra a desempenhar, em seu ser capaz de tal obra, reside a especificidade do vivente, que pode não passar ao ato. A diferença entre corpo vivo e inanimado é acentuada, tornando-se incontornável pensar a especificidade do vivo a partir de suas manifestações. Um pensamento sobre a vida que descobre o próprio pensamento como vida.