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O conceito de mal em Kant é suficiente?
Author(s) -
Henrique Franco Morita
Publication year - 2018
Publication title -
sofia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2317-2339
DOI - 10.47456/sofia.v7i1.16111
Subject(s) - philosophy , humanities , epistemology
A filosofia compreende o mal presente nos regimes totalitários? Arendt evoca o mal radical segundo Kant. Reconstrói-se, assim, a caracterização kantiana do mal, concentrando-se nas obras A Religião nos Limites da Simples Razão (1793) e Antropologia de um Ponto de Vista Pragmático (1798). As inclinações dividem-se em afetos e paixões. Afetos são insuficientes para macular uma boa vontade, paixões afiguram-se corruptoras. Parte-se, então, à pergunta sobre a natureza humana ser boa ou má, a propensão para o mal e a disposição originária para o bem: a natureza humana é corrompida, mas há responsabilização. Entre natureza e arbítrio, o conceito de mal aponta para o dever de usar a liberdade de acordo com os comandos da lei moral, reconduzindo-se à disposição santa originária. Daí a ideia de que a moral conduz à religião e à plenitude da comunidade ética. Conclui-se, entretanto, que Kant não abarca a superfluidade dos seres humanos – nem a banalidade do mal – como teorizado por Arendt.

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