z-logo
open-access-imgOpen Access
Michael Oakeshott
Author(s) -
Elvis de Oliveira Mendes
Publication year - 2022
Publication title -
sofia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2317-2339
DOI - 10.47456/sofia.v10i2.36035
Subject(s) - philosophy , humanities
O presente estudo pretende, antes de qualquer coisa, apresentar a crítica de Michael Oakeshott ao racionalismo moderno, mais precisamente, à entrada desse tipo de mentalidade no campo dos assuntos políticos. De fato, para o filósofo britânico, a política é um vasto oceano, marcado por incertezas e inúmeras possibilidades. Acerca disso, Oakeshott afirma que: “na atividade política, os homens navegam num mar ilimitado e sem fundo; não há nem um porto para abrigar, nem uma enseada para ancorar, nem um ponto de partida, nem um destino determinado”. Sua analogia é precisa naquilo que Oakeshott deseja proporcionar, a saber, uma condição de suspeita para com as promessas da política. Para o autor, foram justamente as crenças no controle do acaso e na perfeição, comuns ao que ele veio a chamar de “política da fé” ou as ideologias, que teriam levado o mundo às grandes catástrofes do século XX. Dessa maneira, o objetivo precípuo deste estudo se limita a mostrar de que modo Oakeshott propõe um ceticismo político enquanto postura prudencial, e em que medida esse ceticismo pode ser possível, necessário e salutar para proporcionar um meio termo com relação ao exageros da fé política.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here