
A CONSTRUÇÃO DA FACE COMO ESTRATÉGIA ARGUMENTATIVA NO FILME “EL PATRÓN: A RADIOGRAFIA DE UN CRIMEN”
Author(s) -
Araceli Covre Silva
Publication year - 2020
Publication title -
percursos linguísticos
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2236-2592
DOI - 10.47456/pl.v10i26.32694
Subject(s) - humanities , philosophy
No discurso jurídico, o trabalho argumentativo é condição sine qua non para que os interlocutores em potencial (autor e réu) alcancem os objetivos por eles propostos. Assim, cada participante de uma interação expressa uma avaliação de si e do outro cuja construção se estabelece no evento comunicativo no qual está inserido, o que conduz à Teoria de Elaboração de Face (GOFFMAN, 1980, 2011). Associada à ideia de preservação da face, Brown e Levinson (1987 [1978]) apresentam a teoria da Polidez, na qual há atos que ameaçam as faces dos interlocutores. Em textos jurídicos, cujo processo comunicativo envolve a luta por um suposto direito, é imprescindível que os interlocutores saibam construir sua argumentação. Com base nessa premissa, a proposta deste artigo[1] é mostrar como os princípios pragmáticos dos Atos de Fala (AUSTIN,1990 [1962]), da Face, (GOFFMAN, 1980, 2011) e da Polidez (BROWN e LEVINSON, 1987 [1978]) são essenciais para a construção de um discurso argumentativo.
[1] Este artigo originou-se de uma comunicação oral intitulada A construção argumentativa no filme “El Patrón: radiografia de un crimen numa perspectiva pragmática”, apresentada VII Colóquio e II Instituto da ALED-Brasil - Discurso, política e direitos: por uma análise de discurso comprometida, em 2018.