
TECER A VIDA EM TEMPOS DE PANDEMIA: NARRATIVAS E APRENDIZAGENS DE JOVENS UNIVERSITÁRIOS CAMPONESES
Author(s) -
Idalina Souza Mascarenhas Borghi,
Nanci Rodrigues Orrico,
Maricleide Pereira de Lima Mendes
Publication year - 2021
Publication title -
revista práxis online/revista práxis
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2176-9230
pISSN - 1984-4239
DOI - 10.47385/praxis.v13.n25.3484
Subject(s) - humanities , sociology , philosophy
RESUMO Este artigo intenciona promover reflexões sobre vivências e aprendizagens de jovens estudantes da Licenciatura em Educação do Campo (UFRB), no período da pandemia da Covid-19. Nesse sentido, buscou-se discutir quais estratégias são utilizadas pelos jovens na construção de condições para produzir a vida em tempos de pandemia, identificando implicações econômicas, sócio/culturais e políticas nos modos de ser e resistir, que já se apresentam como características destes estudantes. O texto emerge como uma das ações do projeto“Entre desafios e aprendizagens: repercussões da pandemia para a vida de jovens da Educação do Campo-CETENS/UFRB”, vinculado ao grupo de pesquisa Educação e Diversidade (GEPED/UFRB). Ratificando a crença de que entendemos como relevante a valorização das falas dos jovens, no sentido de compreendermos seus anseios, dilemas e modos de existir e resistir, validamos as narrativas dos jovens universitários a partir de um viés metodológico (auto)biográfico, de escuta e acolhimento. Para isso, foram realizadas rodas de conversas e entrevistas narrativas em ambiente virtual com estudantes integrantes do projeto, em um movimento de escuta sensível para o que dizem, de modo a nos dar subsídios de enfrentamento das questões da permanência na Universidade, no período pós-pandemia. A partir da pesquisa desenvolvida, algumas conclusões apontam para a riqueza das aprendizagens construídas pelos jovens no enfrentamento das adversidades provocadas pela pandemia e revelam a necessidade de novos estudos que valorizem os estudantes como produtores de conhecimentos em suas vivências cotidianas, permitindo-nos repensar as experiências pedagógicas e as estratégias de permanência destes jovens na Universidade.