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Impactos do afastamento social na qualidade de vida de atletas de voleibol feminino de base durante a pandemia covid-19
Author(s) -
Elias Rafael Hauschild,
Rodrigo Lara Rother
Publication year - 2021
Publication title -
archives of health
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2675-4711
DOI - 10.46919/archv2n3-011
Subject(s) - humanities , psychology , covid-19 , art , medicine , disease , pathology , infectious disease (medical specialty)
A prática esportiva para crianças e adolescentes não se resume aos benefícios gerados para a saúde física, mas também social e psicológica, impactando diretamente na Qualidade de Vida (QV). Durante a pandemia, atletas jovens ingressaram em sessões online, treinando em suas casas, mas sem a convivência presencial com colegas, professores e adversários. Objetivo: Analisar os níveis de QV percebidos por atletas de voleibol feminino de base durante diferentes momentos do período de isolamento social e compará-los quanto a suas dimensões física, psicológica, social e ambiental. Metodologia: A partir do banco de dados de uma equipe de voleibol feminino, foram extraídos os resultados do questionário WHOQOL-bref para avaliações de QV das 25 atletas das equipes de competição femininas de base, com média de idade de 16,2 anos. As informações foram coletadas de abril a agosto de 2020, período em que não houveram aulas presenciais nas escolas, tampouco treinos presenciais da equipe. Também foi aplicado um segundo questionário indagando o tempo e o rigor do afastamento adotado pelas atletas. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativa nos escores de QV quando comparados os diferentes meses da pandemia. A média foi classificada como “Boa” para todas as dimensões, sendo que a Psicológica obteve menor média, com 66,2 pontos. Já a maior foi para a Ambiental, com média de 76,4 pontos. Quanto ao tempo de afastamento, foram 163,8 dias em média. Quanto à classificação do rigor do afastamento social adotado, para uma escala de 1 a 5, as médias das respostas foram: Abril (3,7), Maio (4), Junho (3,5), Julho (3,2) e Agosto (3,4). Observou-se que as atletas mais velhas apresentaram um rigor de afastamento menor que as mais jovens, com ênfase nos meses de junho, julho e agosto. Ainda assim, foi encontrada correlação significativa entre um maior rigor de afastamento social e um menor nível de QV Geral e Físico. Conclusão: A QV avaliada manteve-se boa e estável durante o afastamento social ocorrido de abril a agosto. O baixo rigor do afastamento e a continuidade na realização de treinamentos online durante o período podem ser variáveis que auxiliaram na manutenção de níveis bons de QV. Mais estudos sobre os efeitos da prática de treinamentos em casa merecem atenção, já que foi uma prática comum para atletas durante a pandemia.