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América Latina, Direitos Humanos e Guerra Fria: uma análise da escrita da Declaração Universal dos Direitos Humanos
Author(s) -
Fernanda Linhares Pereira
Publication year - 2019
Publication title -
revista eletrônica da anphlac
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1679-1061
DOI - 10.46752/anphlac.025.2018.2909
Subject(s) - humanities , human rights , political science , philosophy , law
Diferentemente do difundido pela historiografia tradicional dos direitos humanos, os países da América Latina apresentaram uma atuação importante e, por que não dizer, fundamental no processo de elaboração da Declaração Universal. Desde 1945, os representantes desses países já faziam campanha e pressionavam as grandes potências para que questões relativas aos direitos humanos fossem incluídas na Carta das Nações Unidas. Naquele momento, os direitos humanos não eram o objetivo central das Nações Unidas, mas vieram a futuramente se tornar o projeto mais importante graças à participação de países menores e, sobretudo, dos latino-americanos. No decorrer do processo de escrita da Declaração, entre os anos de 1945 a 1948, os representantes da América Latina na Comissão de Direitos Humanos foram decisivos para que a declaração contivesse direitos sociais, econômicos e culturais em sua primeira versão. Além dessas contribuições, a Declaração de Bogotá, promulgada por esses países, alguns meses antes da publicação da Declaração Universal, tendo surgido dessa mesma tradição de direitos, serviu como um modelo para a redação da própria Declaração Universal dos Direitos Humanos. Assim sendo, essas interessantes e pontuais participações, ainda pouco exploradas pelos historiadores, serão o foco de discussão deste artigo.

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