
A pena do dragão no tabloide de Ipanema
Author(s) -
Milene de Cássia Silveira Gusmão,
Givanildo Brito Nunes
Publication year - 2017
Publication title -
alceu
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2175-7402
pISSN - 1518-8728
DOI - 10.46391/alceu.v18.ed35.2017.124
Subject(s) - humanities , glauber , physics , political science , philosophy , optics , scattering
Em 1970, durante a ditadura militar e a vigência do Ato Institucional nº 5, Glauber Rocha foi um ativo colaborador do jornal humorístico carioca O Pasquim. A parceria entre o cineasta baiano e os membros do tabloide foi colaborativa enquanto se viam como agentes do mesmo campo de produção simbólica –aquele em que se posicionavam os opositores do regime autoritário. Em 1974, uma atitude inesperada de Glauber provocou, no grupo do jornal, um mal-estar gerado pela desconfiança de que o cineasta teria “aderido” ao regime. A partir daí, a relação se modificou e deu lugar a um clima de tensão. Este artigo propõe, com base no arcabouço teórico sustentado por Pierre Bourdieu e em sua elaboração acerca do poder simbólico, compreender as tensões das disputas de sentido ocorridas entre Glauber Rocha e os integrantes d’O Pasquim.