
Geologia, petrografia e geoquímica dos granitoides arqueanos de alto magnésio da região de Água Azul do Norte, porção sul do Domínio Carajás, Pará
Author(s) -
Eleilson Oliveira Gabriel
Publication year - 2014
Publication title -
boletim do museu paraense emílio goeldi. ciências naturais
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-6237
pISSN - 1981-8114
DOI - 10.46357/bcnaturais.v9i3.509
Subject(s) - geology , geochemistry , humanities , philosophy
Os granitoides mesoarqueanos de alto Mg que afloram a nordeste de Água Azul do Norte ocorrem como dois corpos alongados na direção E-W. Correspondem a intrusões compostas por granodioritos e tonalitos porfiríticos miloníticos, com anfibólio, biotita e epidoto como principais minerais máficos. Geoquimicamente são caracterizados pelo fracionamento de CaO, Fe2O3, MgO, TiO2 e Al2O3, e aumento de K2O e da razão K2O/Na2O da fácies menos evoluída, com anfibólio, em direção à fácies mais evoluída, com biotita. Sr, Y, Zr, #Mg, Ni, Cr e Sr/Ba decrescem, enquanto que Rb, Ba e Rb/Sr aumentam no sentido das rochas mais diferenciadas. Os padrões de elementos terras raras (ETR) mostram importante fracionamento de elementos terras raras pesados (ETRP) com moderada razão LaN/YbN e anomalia de Eu ausente ou pouco expressiva. As rochas estudadas são predominantemente metaluminosas, com altos valores de #Mg, Cr e Ni, distintas geoquimicamente das séries cálcio-alcalinas de margens continentais ativas e de associações tonalito-trondhjemitogranodioritos (TTG) e leucogranodioritos arqueanos. As afinidades petrográficas e geoquímicas existentes entre as rochas estudadas e as principais ocorrências de granitoides de alto-Mg da Província Carajás sugerem que estas podem fazer parte de uma suíte magmática análoga, até então não identificada nesta parte da Província.