
Da Academia Real Militar ao Departamento de Geologia, do Instituto de Geociências, da Universidade Federal do Rio de Janeiro: a trajetória de uma coleção de minerais
Author(s) -
Cristina Moura Bastos,
Márcio Ferreira Rangel,
Cícera Neysi de Almeida
Publication year - 2017
Publication title -
boletim do museu paraense emílio goeldi. ciências naturais
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-6237
pISSN - 1981-8114
DOI - 10.46357/bcnaturais.v12i1.408
Subject(s) - humanities , physics , art
Este trabalho aborda a formação da coleção de minerais da antiga Escola Nacional de Engenharia (ENE) que, nos dias atuais, encontra-se parcialmente sediada no Museu da Geodiversidade, localizado no Instituto de Geociências, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IGEO/UFRJ). A formação desta coleção foi motivada pela transferência da coleção mineralógica Werner das dependências da Academia Real Militar (ARM) para o Museu Real (atual Museu Nacional), em 1818, ano de sua inauguração, ficando a ARM sem amostras minerais que servissem ao ensino prático das cadeiras de Geologia e de Mineralogia do curso de Engenharia. Em 1824, foram solicitadas ao Museu amostras em duplicata para a ARM, constituindo, assim, o núcleo inicial dessa coleção. Esse núcleo, ampliado através de compra e de doações, atingiu mais de 5.000 exemplares em 1883. Ao longo do tempo, a ARM recebeu diversas denominações, até que em 1937 foi batizada com o nome de Escola Nacional de Engenharia. Durante o período da ditadura militar, o IGEO/UFRJ recebeu parte do acervo mineralógico da ENE. O recadastramento, ora em curso, demonstrou que a instituição não abriga, hoje, mais de 1.000 exemplares, ignorando-se o destino do restante dessa coleção, que se destaca por sua relevância histórica e científica.