
Geologia e características do fluido mineralizador dos alvos auríferos Jerimum de Cima e Babi, campo mineralizado do Cuiú-Cuiú, Província Aurífera do Tapajós, Cráton Amazônico, com base em estudos de inclusões fluidas e de isótopos estáveis
Author(s) -
Carlos Alberto dos Santos Silva Júnior,
Evandro Luíz Klein
Publication year - 2015
Publication title -
boletim do museu paraense emílio goeldi. ciências naturais
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-6237
pISSN - 1981-8114
DOI - 10.46357/bcnaturais.v10i2.481
Subject(s) - physics , humanities , art
Os alvos auríferos Jerimum de Cima e Babi estão localizados no campo mineralizado do Cuiú-Cuiú, Província Aurífera do Tapajós, Cráton Amazônico. Jerimum de Cima é moderadamente mineralizado, enquanto no alvo Babi a mineralização é incipiente (não econômica). O estudo petrográfico definiu tonalitos, monzogranitos e granodioritos como rochas hospedeiras nos dois alvos. Sericitização, silicificação, sulfetação, cloritização e carbonatação ocorrem nos dois alvos, na forma fissural e disseminada (pervasiva), e os maiores teores de ouro estão associados com maiores concentrações de sulfetos. Inclusões fluidas (IF) aquosas, aquocarbônicas e carbônicas foram classificadas. As IF aquocarbônicas, presentes apenas em Jerimum de Cima, representam o provável fluido mineralizador, indicam imiscibilidade de fluidos (separação de fases) e possível mistura tardia com fluidos mais frios. Estudos de isótopos estáveis em minerais de veios e de zonas de alteração indicam temperaturas de precipitação dos minerais entre 305 e 330 °C e entre 108 e 205 °C. Também sugerem fontes magmáticas e meteóricas para os fluidos. Os dados obtidos são compatíveis com depósito magmático-hidrotermal (relacionado à intrusão), com mistura de fluido magmático e meteórico. A ausência de CO2 no alvo Babi, assumindo que o aprisionamento do fluido tenha sido tardio em relação à evolução hidrotermal do sistema, pode explicar a fraca mineralização.