
Conulários do Devoniano do Brasil: importância paleobiogeográfica
Author(s) -
Juliana de Moraes Leme,
Renato Pirani Ghilardi,
Marcos César Bissaro Júnior
Publication year - 2015
Publication title -
boletim do museu paraense emílio goeldi. ciências naturais
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-6237
pISSN - 1981-8114
DOI - 10.46357/bcnaturais.v10i1.495
Subject(s) - fauna , geography , humanities , art , ecology , biology
Conulários são cnidários extintos, na maioria das vezes com teca fosfática, ocorrendo do Pré-Cambriano ao Triássico. Eles são característicos nas faunas do Domínio Malvinocáfrico, sendo abundantes em concentrações fossilíferas devonianas. Outras ocorrências são verificadas na Argentina, Peru, Paraguai, Uruguai e África do Sul. No Brasil, ocorrem nas bacias do Amazonas, do Parnaíba e do Paraná. A fauna de conulários do Devoniano do Brasil é pouco diversificada, quando comparada com a fauna coeva da Bolívia. Conularia quichua é a espécie dominante no Brasil e na Bolívia. A ampla distribuição paleobiogeográfica das espécies no Domínio Malvinocáfrico sugere que essas foram euritérmicas, uma vez que ocorrem em terrenos das províncias Andina, Brasileira e Malvinocáfrica Sul-Africana. Essas duas últimas englobam áreas que estiveram situadas nas altas latitudes, próximas do pólo sul devoniano, enquanto a Andina esteve localizada em torno dos 40º a 45º de latitude sul. A presença de C. quichua na Bacia do Amazonas reforça o caráter cosmopolita da espécie e demonstra a viabilidade de comunicações paleobiogeográficas entre os diferentes domínios do Devoniano Médio a Superior das bacias intracratônicas da América do Sul. Aqui são apresentadas informações sobre a discussão das implicações paleobiogeográficas das diferentes ocorrências de conulários no Devoniano do Brasil.