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“Deixa Ela Falar”
Author(s) -
Camilla Ramalho Duarte,
Rosane Santos Mauro Monnerat
Publication year - 2020
Publication title -
revista linguagem em foco/linguagem em foco
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2674-8266
pISSN - 2176-7955
DOI - 10.46230/2674-8266-11-2923
Subject(s) - humanities , art , philosophy
O presente trabalho propõe-se a analisar uma publicação da página do Facebook “Obras literárias com capas de memes genuinamente brasileiros”, cujo objetivo era chamar a atenção do destinatário para a quantidade de vezes em que a pré-candidata à presidência da república, Manuela D’Ávila, foi interrompida por outros indivíduos, ao participar do programa Roda Viva, da TV Cultura. Para tal, recorreu-se ao livro “Garota Interrompida”, deslocando o sentido deste último vocábulo, criando o que Charaudeau (2005) chama de novo Processo de Semiotização do Mundo, pois se substituiu a ilustração da capa do livro por uma foto de Manuela, sentada nos estúdios do referido programa. Além disso, recorrer-se-á à noção de imaginário sócio-discursivo(2013), cunhada pelo teórico em questão, para explicar a crença de que mulheres podem ter suas falas interrompidas. Assim, tal página foi capaz de denunciar o machismo sofrido pela deputada, ao criticar todos que tentaram subjugá-la, dizendo, indiretamente, “deixa ela falar”.

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