Ariel e a formação estética

Neste artigo, me ocupo da importância que Ariel outorga à formação estética como elemento central de um programa ideológico para a juventude latino-americana. Examino sucintamente a estrutura discursiva e retórica do texto para logo, me apoiando na matriz hermenêutica que oferece a estética da recepção, centrar minha análise nos tópicos que Rodó dedica à pertinência e à necessidade de cultivar o sentimento do belo. Por último, reviso o nexo que o autor postula entre a vivência estética do mundo e o desenvolvimento integral da personalidade como resposta ao utilitarismo. E finalizo com uma série de considerações a respeito das tensões – conceituais e políticas – entre o aristocratismo cultural propulsado por Rodó e as condições de possibilidade de uma democracia ampla e inclusiva.

 

The importance that Ariel gives to aesthetic formation as a central element of an ideological programme for Latin American youth is provided. The rhetorical and discursive structure of the text is analyzed and, based on the hermeneutical approach offered by reception-theory, the topics that Rodó devotes to the relevance and necessity of the cultivation of the Sense of Beauty is also examined. The relationship postulated by the author between the aesthetics experience of the world and the integral development of personality as a response to utilitarianism is further re-examined. Reflections on the conceptual and political tensions between the cultural aristocratism proposed by Rodó and the conditions of an extensive and inclusive democracy shall conclude the research. En este artículo me ocupo de la importancia que Ariel le otorga a la formación estética como elemento central de un programa ideológico para la juventud latinoamericana. Examino sucintamente el andamiaje discursivo y retórico del texto y luego, apoyándome en la matriz hermenéutica que ofrece la estética de la recepción, centro mi análisis en los tópicos que Rodó dedica a la pertinencia y necesidad del cultivo del sentimiento de lo bello. Por último, reviso el nexo que el autor postula entre la vivencia estética del mundo y el desarrollo integral de la personalidad como respuesta al utilitarismo. Finalizo mi intervención con una serie de consideraciones respecto de las tensiones (conceptuales y políticas) entre el aristocratismo cultural propulsado por Rodó y las condiciones de posibilidad de una democracia amplia e inclusiva