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EXPANSÃO DA CADEIA DA SOJA NA AMAZÔNIA SETENTRIONAL: OS CASOS DE RORAIMA E AMAPÁ
Author(s) -
Maria do Socorro Bezerra de Lima
Publication year - 2020
Publication title -
boletim de geografia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2176-4786
pISSN - 0102-5198
DOI - 10.4025/bolgeogr.v38i2.42576
Subject(s) - geography , humanities , art
A expansão do cultivo da soja em direção à Amazônia alcançou destaque na última década. Estimulada pela demanda internacional do mercado, esta cultura tornou-se um elemento-chave na estratégia brasileira de geração de superávit, bem como das estratégias de localização das corporações agroalimentares dada à importância da produção de soja no Brasil e no Cone Sul. A expansão do cultivo na Amazônia gerou um novo desenho com a criação de novos espaços produtivos, com a criação de novas rotas de logística e de transporte. Nesse novo desenho, esta dinâmica alterou o arranjo territorial e produtivo da economia regional imprimindo uma nova lógica na gestão do território, conduzida em parte pelas grandes corporações. Este artigo visa contribuir com a discussão sobre as dinâmicas e os processos de expansão do cultivo da soja nas denominadas “últimas fronteiras agrícolas” do país. O estudo considera como casos empíricos a expansão da soja nos estados de Roraima e Amapá, localizados na Amazônia setentrional brasileira. A pesquisa de caráter qualitativo consiste no mapeamento dos atores sociais e suas redes de políticas. Também se empregam dados da pesquisa de Produção Agrícola Municipal (PAM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para os municípios selecionados no período de 2010-2016. Os resultados evidenciam que a dinâmica de expansão da fronteira agrícola setentrional é mobilizada tanto pelo corredor logístico do Arco Norte (Eixos Central e Oeste) como pelas estratégias espaciais das grandes corporações do setor agroalimentar e de grupos a ela vinculados. Os cultivos se expandem sob trechos do centro-norte roraimense e sul amapaense, sobretudo nas áreas dos lavrados/cerrados, mas as áreas de florestas também vêm sendo utilizadas. Esse cenário resulta numa maior reestruturação produtiva e seletiva desses territórios, acompanhada de uma geração de renda cada vez mais concentrada, o que, não raro, origina passivos sociais e ambientais crescentes.

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