z-logo
open-access-imgOpen Access
Relendo Hesíodo: o mito das raças em A idade do ferro, de J. M. Coetzee
Author(s) -
Denise Almeida Silva
Publication year - 2011
Publication title -
acta scientiarum. language and culture
Language(s) - English
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.124
H-Index - 3
eISSN - 1983-4683
pISSN - 1983-4675
DOI - 10.4025/actascilangcult.v33i1.6467
Subject(s) - hesiod , context (archaeology) , philosophy , ignorance , mythology , injustice , literature , age of enlightenment , humanities , temporality , history , art , theology , epistemology , political science , law , poetry , archaeology
Este estudo analisa a maneira como o escritor sul-africano, J. M. Coetzee, enfoca o mito hesiódico das raças em seu romance, A idade do ferro. Inicialmente, analisa-se a construção do texto de Hesíodo, em que as raças parecem se suceder em uma ordem de progressiva decadência, considerando-se a temporalidade própria de cada uma delas, bem como seu caráter cíclico. Em seguida, analisa-se como a noção de um mundo em que a desordem se instaura progressivamente rumo à injustiça, desgraça e morte foi associada por Coetzee ao contexto da África do Sul em que vigia o apartheid, retratada pelo autor como uma sociedade não só enferma, mas em estado terminal. A análise prossegue, demonstrando como doença, velhice, morte, ignorância do amanhã e angústia do futuro, que caracterizam a Idade do Ferro de Hesíodo, são relidas por Coetzee nesse novo contexto histórico.This essay analyzes how South African novelist J. M. Coetzee focuses the Hesiodic myth of the four races in his novel Age of iron. First the construction of Hesiod’s text is analyzed, highlighting how races are exposed according to a presumed progressive decadence in accordance to the peculiar temporality of each one of them, and to their cyclic character. Next, the essay focuses on how the notion of a world in which disorder increasingly gives way to injustice, disgrace and death is associated with the South Africa of the apartheid era dipicted by Coetzee, and how the country is depicted as a terminally ill society. Then, the study proceeds to demonstrate how sickness, old age, death and, ignorance of the future that characterize Hesiod’s Age of Iron are reread by Coetzee in this novel context

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here