Atividade in vitro de agentes antifúngicos sobre leveduras isoladas de secreção vaginal

Candidíase vulvovaginal (CVV) é a segunda causa de infecção vaginal e apresenta alta incidência da forma recorrente, o que resulta em tratamentos prolongados. O gênero Candida, principalmente a espécie C. albicans, é o agente mais comum. Entretanto, outras espécies mais difíceis de serem erradicadas podem também estar envolvidas. A proposta deste estudo foi determinar a freqüência de colonização vaginal por leveduras e avaliar a susceptibilidade a três drogas indicadas para tratamento de CVV. Foram coletadas amostras de secreção vaginal de quatrocentas e doze mulheres, não triadas. A taxa total de colonização por leveduras foi de 20,15%. Candida albicans foi a mais freqüente (84%), seguida por C. glabrata (7%), C. tropicalis (4%), Torulopsis sp (2%), C. parapsilosis (2%) e S. cerevisiae (1%). Testes de susceptibilidade in vitro revelaram que 96,4% dos isolados foram considerados susceptíveis ao fluconazol, 71% à nistatina e 98,8% à anfotericina B. Vulvovaginal candidiasis (VVC) is the second most frequent cause of vaginal infection, having high incidence and recurrence, which requires longer treatments. The genus Candida, specially the species C. albicans, is the most common agent. However, other species, more difficult to eradicate, may also be involved. The aim of this study was to determine the frequency of vaginal colonization by yeasts and to evaluate susceptibility to three drugs, which are indicated for the VVC treatment. Vaginal secretion was collected from four hundred and twelve unselected women. The overall rate of yeast colonization was 20.15%. Candida albicans was the most frequent (84%), followed by C. glabrata (7%), C. tropicalis (4%), Torulopsis sp (2%), C. parapsilosis (2%) and S. cerevisiae (1%). In vitro susceptibility tests revealed that 96,4% of the isolated yeasts were susceptible to fluconazole, 71% to nistatin and 98,8% to amphotericin B