
Thomas Morus e a Utopia como anúncio de uma comunidade virtuosamente educativa
Author(s) -
Juliano Peroza,
Peri Mesquida,
Wilson Agnaldo Horvath
Publication year - 2020
Publication title -
acta scientiarum. education
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2178-5201
pISSN - 2178-5198
DOI - 10.4025/actascieduc.v42i1.45842
Subject(s) - utopia , philosophy , humanities , art history , art
Este artigo pretende apresentar uma discussão sobre a concepção de educação na obra Utopia de Thomas Morus. Com base nos pressupostos metodológicos da hermenêutica (Gadamer, 1997), cuja principal finalidade é a compreensão e a interpretação dos textos, objetiva-se explicitar a noção de educação expressa por Thomas Morus em sua obra Utopia. No primeiro momento, realizamos uma apresentação sobre a obra, principalmente sobre o neologismo Utopia, criado por Morus e de sua importância para o cenário filosófico e educacional renascentista e moderno (Mumford, 1922; Furter, 1977-1978; Colombo, 2006; Bloch, 2006; Quarta, 2006; Lima, 2008). No segundo momento, há uma discussão sobre a Utopia como denúncia à educação viciosa numa sociedade moralmente decadente, portanto, desumanizante, bem como sobre a noção de arete, virtude e honra (Mora, 1964; More, 1997; Pessanha, 1997; Comte-Sponville, 2000; Vazquez, 2001; Jaeger, 2010). E, na terceira e última parte, discute-se a Utopia como anúncio de uma educação baseada no cultivo do desenvolvimento moral e virtuoso dos seres humanos, bem como científico e literário. Conclui-se, que Morus concebe a Utopia como anúncio de uma comunidade educativa virtuosamente comprometida com o processo de humanização (More, 1997; Araújo & Araújo, 2006; Collins, 2010).