Digestibilidade aparente da matéria seca e da proteína bruta e a energia digestível de alguns alimentos alternativos pela tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus)

Esta pesquisa teve por objetivo determinar a digestibilidade aparente de seis alimentos energéticos: silagem de milho úmido; aveia integral; urucum; raspa de mandioca; feno de alfafa e algaroba e cinco protéicos: soja integral,; farelo de coco; leucena; levedura de álcool e soro desidratado de leite. Foram confeccionadas 12 rações purificadas, peletizadas, contendo esses alimentos, sendo uma referência (purificada), a qual serviu de base para o estudo, sendo estas marcadas com 0,10% de óxido de crômio-III. Os peixes (240 juvenis de tilápia do Nilo com aproximadamente 100,00g) foram alojados em tanques-rede para o manejo de alimentação e coleta de fezes. Os tanques-rede, contendo esses peixes, foram mantidos durante o dia em aquários de alimentação (250L), um para cada tratamento, onde receberam refeições à vontade das 8 às 17h30min horas. Posteriormente, foram transferidos para aquários de coleta de fezes (300L), também individuais aos tratamentos, onde permaneceram até a manhã do dia subseqüente. O coeficiente de digestibilidade aparente dos alimentos foi calculado com base no teor de óxido de crômio dos nutrientes nas rações e nas fezes. Pode-se concluir que: dentre os alimentos energéticos, a raspa de mandioca e a silagem de milho úmido destacam- se por apresentarem os melhores CDA para a MS e a PB, além de maiores valores de ED; embora a aveia tenha apresentado bom CDA para a MS e PB, não se revelou boa fonte energética para a tilápia do Nilo; a algaroba proporciona excelente valor de energia digestível; e; dentre os alimentos protéicos: o soro de leite, a levedura de álcool e o farelo de coco destacam- se por apresentarem os melhores CDA para a MS e a PB, além dos maiores valores de ED e que a leucena e a soja integral apresentam os piores CDA para a MS e PB e os menores valores de ED. This research aimed to determine the apparent digestibility of six energetic ingredients: ensiled high-moisture corn, raw oats, urucum, manioc flakes, algoroba and alfafa hay and, five proteic ones: soybean, coconut meal, leucena, alcohol yeast and dehydrated milk. 12 purified diets were formulated including these ingredients and one as a reference. All diets were supplemented with 0.01% of chromic oxide as marker. 240 Nile tilapia juveniles, with 100.00 ± 10.0g average weight were stocked in cages (10 fish/cage) for feeding and feces collection. During the feeding time (0800 AM - 0530PM) these tanks were kept in 250L aquaria, one for each treatment, and fish were fed ad libitum. After that they were transferred to 300L aquaria adapted for feces collection, where they stayed until next morning. The apparent digestibility coefficient (ADC) was determined based on chromic oxide concentration on diet and feces. It was concluded that, among the energetic ingredients, the manioc flakes and ensiled high-moisture corn showed the highest ADC for dry matter and crude protein and the best value for digestible energy; although the raw oats had showed good ADC for dry matter and crude protein. it did not prove to be a good energetic source for Nile tilapia; algaroba showed to be a good source of digestible energy; and, among proteic ingredients, the dehydrated milk, alcohol yeast and coconut meal showed the best ADC for dry matter and crude protein and also the highest values for digestible energy; leucena and soybean showed the worst ADC for dry matter and crude protein and the lowest values for digestible energy