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Estudo epidemiológico sobre os carcinomas glóticos na região do Brasil Central
Author(s) -
Ricardo Vieira Teles Filho,
Daniel Henrique Porto Almeida,
Glenda Morgana Borges,
Guilherme de Matos Abe,
Lucas Henrique Souza de Azevêdo,
Renato Moreira Aguiar,
José Carlos de Oliveira
Publication year - 2021
Publication title -
revista educação em saúde/revista educação em saúde unievangélica
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2358-9868
pISSN - 2316-8498
DOI - 10.37951/2358-9868.2021v9i1.p61-67
Subject(s) - medicine , gynecology
Introdução: O câncer de laringe é o 14º câncer mais comum no mundo. Sem considerar os tumores de pele não-melanoma, na Região Centro-Oeste, o câncer de laringe é o 8º câncer mais comum entre homens e o 16º entre mulheres. Aproximadamente 2/3 dos casos desse tipo de tumor surgem na prega vocal verdadeira, localizada na glote; o tipo histológico mais prevalente nesse caso, em mais de 90% dos pacientes, é o carcinoma de células escamosas. Objetivo: Dada a importância dessa neoplasia, o objetivo do nosso estudo é delinear seu perfil epidemiológico em nossa instituição, centro de referência de cânceres de cabeça e pescoço na região Centro Oeste, a fim de contribuir na determinação de fatores de risco e, assim, propor diagnósticos mais precoces. Métodos: Trata-se de estudo epidemiológico observacional, retrospectivo, descritivo e quantitativo, de todos os casos de pacientes com diagnóstico de câncer de laringe atendidos pelo SUS no Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital do Câncer do Estado de Goiás, no período de 2014 a 2018. Os casos foram analisados segundo: idade, sexo, tabagismo, etilismo, atividade ocupacional, subsítio, estadiamento, tipo histológico, e tempo entre queixa principal e diagnóstico. Resultados: Foram analisados 426 pacientes submetidos à biópsia de laringe, sendo destas 155 biópsias glóticas, das quais 152 corresponderam a carcinoma glótico epidermóie. Nesse universo de 152 casos, a média de idade foi 63,21 anos; 89,9% eram do sexo masculino; 92,9% eram tabagistas; 80,8% eram etilistas; 41,4% eram lavradores; o tempo médio para evoluir com disfonia foi 7,69 meses; 67,7% tinham o tumor na prega vocal direita; 41,4% tinham estadiamento T1; e 59,6% eram CEC II. Conclusão: Nossa epidemiologia regional mostrou semelhança com as epidemiologias nacional e mundial, que tendem a mostrar que homens tabagistas são o grupo mais vulnerável a ter câncer de laringe, em especial pela atividade econômica desenvolvida no Brasil Central, os trabalhadores rurais se mostraram como ocupação mais prevalente. Por isso programas de prevenção devem englobar esse grupo como foco principal.

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