Mobilização, território e a emergência de novos sujeitos e arenas públicas no Baixo Tocantins

Neste artigo é analisada a relação entre mobilização, território e a emergência de novos sujeitos políticos e ações no espaço público. Adotando-se alguns procedimentos de base etnográfica, a pesquisa focou, a partir dos anos de 1980, experiências no Território da Cidadania do Baixo Tocantins, Nordeste do Pará, sendo aqui analisados dados obtidos através de entrevistas, de observação direta e indireta, sobre fatores históricos, sociais e político-ideológicos relacionados a movimentos sociais e ações locais em um contexto de ambientalização e territorialização na Amazônia brasileira. Para o eixo teórico contribuem as perspectivas da mobilização, da ação e da arena pública, assim como da coexistência de modelos de sociedade e de um território de ação local. No processo analisado destacam-se experiências de organização política e de empreendimentos produtivos nos quais o sentimento de pertencimento ao território constituiu fator importante para a mobilização, permitindo aos atores engajados produzir e pilotar localmente ações enquanto sujeitos políticos que conformam uma arena pública, ao modificarem relações na base econômica em um processo territorial de ação local.