
Prevalência de lesões musculoesqueléticas em atletas de powerlifting e fatores associados
Author(s) -
Farley Santos de Souza,
Alysson Enes,
Ragami Chaves Alves,
Lúcio Follador,
Gustavo Oneda,
Tácito Pessoa de Souza,
Sérgio Gregório da Silva
Publication year - 2020
Publication title -
revista de educação física
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2447-8946
pISSN - 0102-8464
DOI - 10.37310/ref.v89i1.1449
Subject(s) - medicine , gynecology
Introdução: O gerenciamento de variáveis do treinamento de força e a exposição crônica a elevadas intensidades e cargas fisiológicas de treinamento podem impactar na prevalência de lesões musculoesqueléticas em atletas de powerlifting.
Objetivo: Estimar a prevalência de lesões em atletas brasileiros de powerlifting, e posteriormente identificar variáveis do treinamento de força preditoras da prevalência de lesões musculoesqueléticas.
Métodos: Estudo observacional, seccional, com amostra por conveniência, que contou com 37 atletas de powerlifting, do sexo masculino. A prevalência de lesões musculoesqueléticas (desfecho) foi autorrelatada e examinou-se aspectos de práticas de treinamento em relação à ocorrência das lesões. Para detectar as variáveis preditoras da prevalência das lesões utilizou-se regressão logística multivariada (stepwise forward) e calculou-se as odds ratio (OR) e o coeficiente de determinação (R² de Nagelkerke).
Resultados: A média de idade da amostra foi de 32,10 (±7,53) anos e a média de tempo de experiência foi de 8,76 (±3,54) anos. Idade (OR 1,23; IC95% [1,11-1,41]), sessões por semana (OR 8,66; IC95% [3,06-32,55]) e uso de correntes (OR 6,50; IC95% [1,86-26,04]) determinaram 48% da prevalência de lesões musculoesqueléticas em atletas de powerlifting (R²=0,48). A articulação lombopélvica (66,67% articular + 18,20% muscular) e glenoumeral (24,24% articular + 42,42% muscular) foram as regiões com maior prevalência de lesão entre os atletas.
Conclusão: Os resultados corroboram estudos prévios e indicam que adequado gerenciamento de volume e intensidade e o monitoramento dos fatores preditores para lesões estão recomendados tanto para aumentar o desempenho, quanto para atenuar a prevalência de lesões musculoesqueléticas em atletas de powerlifting.