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PELAS RUAS DO MAGREBE: ORIENTALISMO NO BRASIL AO FINAL DO SÉCULO XIX / Walk through the streets of the Maghreb: orientalism in Brazil at the end of the 19th century
Author(s) -
Camila Dazzi
Publication year - 2020
Publication title -
arte and ensaios
Language(s) - English
Resource type - Journals
ISSN - 2448-3338
DOI - 10.37235/ae.n40.18
Subject(s) - humanities , art , arabic , philosophy , linguistics
O Magrebe central, cuja palavra de origem árabe e significa “onde o Sol se põe”, correspondia, ao final do século XIX, a um território que englobava a Tunísia, a Argélia e o Marrocos (STORA, 2004). Foi uma região fecunda em temas de inspiração, e ao final do Oitocentos, muitos artistas Europeus e Americanos consideravam uma estadia no Magrebe tão indispensável quanto uma permanência de estudos na Itália, destino eleito por inúmeros pintores para o desenvolvimento de pesquisas de renovação do uso da luz e da gama cromática. O Magrebe não só permitia novas possibilidades no uso da cor e de luz, mas possuía a vantagem de permitir uma exploração exótica, de ser uma terra oriental cheia de mistério e misticismo. O fascínio despertado pelo Magrebe conquistou alguns pintores brasileiros, como Arsênio Cintra da Silva, Pedro Américo, ou que aqui atuaram, como Johann Georg Grimm. O artigo busca contextualizar qual foi a importância do Magrebe no panorama mais amplo do Orientalismo Ocidental, bem como apresenta alguns dados, se não inéditos, bem pouco conhecidos sobre a produção Orientalista de Georg Grimm, um pintor que, embora pouco estudado, possui um papel relevo no cenário das artes do Rio de Janeiro, nos conturbados anos de 1880.Palavras-chave: Orientalismo; Magrebe; Johann Georg Grimm; Pintura do século XIX.Abstract The central Maghreb, a word of Arabic origin that means “where the sun sets”, corresponded, at the end of the 19th century, to a territory that included Tunisia, Algeria and Morocco (STORA, 2004). It was a fruitful region in terms of inspiration, and at the end of the 19th century, many European and American artists considered a stay in the Maghreb as indispensable as a stay in Italy, a destination chosen by countless painters for the development of research to renew the use of light and chromatic range. The Maghreb not only allowed new possibilities in the use of color and light, but had the advantage of allowing an exotic exploration, of being an oriental land full of mystery and mysticism. The fascination aroused by the Maghreb conquered some Brazilian painters, like Arsênio Cintra da Silva, Pedro Américo, or who worked here, like Georg Grimm. The article seeks to contextualize the importance of the Maghreb in the wider panorama of Western Orientalism, as well as presenting some data, if not unpublished, little known about the Orientalist production of Georg Grimm, a painter who, although little studied, has a role the art scene in Rio de Janeiro, in the troubled 1880s.Keywords: Orientalism; Maghreb; Johann Georg Grimm; 19th century painting.