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Observações histológicas em glândulas oviducais do tubarão-azul, Prionace glauca Linnaeus (1758), capturado pela frota espinheleira-de-superfície sediada em Itajaí - SC
Author(s) -
Jorge Eduardo Kotas,
David Rivero Tames
Publication year - 2021
Publication title -
revista cepsul
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2177-9392
DOI - 10.37002/revistacepsul.vol10.548e2021003
Subject(s) - biology , microbiology and biotechnology , anatomy
O presente estudo conheceu em detalhes a estrutura e função da glândula oviducal do tubarão-azul, Prionace glauca, de fundamental importância na reprodução e perpetuação da espécie no Atlântico Sul. Foram aplicadas técnicas histológicas em glândulas oviducais de duas fêmeas adultas no estágio 3 e de três no estágio 5, segundo os critérios de Colonello. Cortes histológicos longitudinais de 7µm de espessura inicialmente foram corados com hematoxilina e eosina. Posteriormente, testes histoquímicos foram aplicados, utilizando as colorações Ácido Periódico-Schiff (PAS) e o Azul Alciano (AB). Quatro zonas foram identificadas: Club, Papillary, Baffle e Terminal. Na zona Baffle foi observada intensa atividade secretora de colágeno da cápsula, sinal de fase ovulatória. Na zona Terminal, foi observado armazenamento de esperma. Os testes histoquímicos indicaram reação positiva com o corante PAS nas regiões epiteliais e glandulares das quatro zonas, bem como nos agrupamentos de espermatozoides, indicativo da presença de glicosaminoglicanos neutros. A reação foi positiva com o corante AB apenas nas regiões glandulares das zonas Club e Papillary, nos espermatozoides, bem como nas secreções dentro dos cistos que os armazenam, indicativo de atividade secretora de glicosaminoglicanos ácidos. Com os resultados obtidos, observou-se que a glândula oviducal é extremamente especializada em termos fisiológicos. Além da sua capacidade de armazenamento de esperma por longos períodos, apresenta elevada atividade secretora e que, em conjunto com os movimentos ciliares na sua região luminal, propiciam a formação da gelatina e da cobertura terciária protetora do ovo, sendo este posteriormente depositado no interior do útero, para dar início à fase gestacional.

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