
Produtos Florestais não Madeireiros do Brasil (2016-2020): Subsídio ao Estabelecimento de Novas Cadeias Produtivas pela Cooperativa de Extrativistas de Carajás
Author(s) -
Luana Do Carmi Oliveira Ferreira,
Gleysla Gonçalves de Carvalho Fernandes,
André Luís Macedo Vieira,
Álisson Rangel Albuquerque
Publication year - 2022
Publication title -
biodiversidade brasileira
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2236-2886
DOI - 10.37002/biobrasil.v12i1.1799
Subject(s) - brazil nut , forestry , geography , humanities , art
Este estudo expõe o manejo dos produtos florestais não madeireiros (PFNMs) como fator gerador de renda com o intuito de fortalecer e contribuir com a atividade extrativista realizada pela Cooperativa de Extrativistas de Carajás na Floresta Nacional do Tapirapé Aquiri (FLONATA). Para isso, realizou-se uma revisão sistemática com o auxílio da base de dados Web of Science e a partir dos filtros: data de publicação (2016 a 2020), palavra-chave “non-timber forest products” e origem (espécies brasileiras). Foram identificadas as principais espécies estudadas, o periódico de publicação, região de concentração das pesquisas, metodologia utilizada e seus principais usos com o objetivo de subsidiar o estabelecimento de novas cadeias produtivas dentro da FLONATA. Foram encontrados 564 estudos que abordavam aspectos relacionados aos produtos florestais não madeireiros no mundo, e desses, um total de 72 foram realizados no Brasil e apenas 56 apresentavam, prioritariamente, um uso não madeireiro para alguma espécie. Esses mesmos estudos propiciaram o levantamento de 16 famílias botânicas e 47 espécies com uso não madeireiro, onde 39 ocorrem naturalmente na Floresta Nacional do Tapirapé Aquiri, como é o caso da castanha-do-Pará (Bertholletia excelsa Bonpl.) e do açaí (Euterpe oleracea Mart). O levantamento dessas espécies com potencial de uso não madeireiro juntamente a especificidade de seus estudos como é o caso de informações ligadas a ecologia, fenologia, botânica entre outras áreas que caracterizam individualmente tal espécie, fomentam futuras possibilidades de uso contribuindo para o estabelecimento de novas cadeias produtivas e para a conservação da floresta.