Atos de Insubordinação Criativa Experienciados no Aprender e no Ensinar a Estatística

No presente artigo objetivamos identificar os atos de Insubordinação Criativa revelados nas experiências de aprendizagem e de ensino de Estatística narradas pela primeira autora. Entendemos que a formação de professores se configura em um processo contínuo que se estende por toda a vida a partir das experiências vividas como estudantes na Educação Básica e Superior, bem como sujeitos do seu cotidiano em ambientes externos na escola e na futura atuação docente. Assim, realizamos uma Análise Narrativa da escrita narrativa autobiográfica da primeira autora, na qual conta suas experiências ao longo da formação docente. Para subsidiar as discussões, fundamentamos nossas explicações com base na teoria e epistemologia da Biologia do Conhecer, proposta por Maturana e Varela (2005). Como resultados identificamos cinco atos de Insubordinação Criativa, assim denominados: 1) Deixar que algo lhe passe; 2) Colocar-se na reflexividade; 3) Autoformar-se e transformar-se; 4) Assumir risco em (re)significar a experiência; 5) Deixar vestígios e provocar efeitos. Estes atos referem-se às atitudes insubordinadas, nas quais a primeira autora atuou de forma criativa na experiência. Consideramos que este trabalho possa contribuir para que outros professores reflitam suas experiências no ensinar e no aprender, de modo a realizarem atitudes de Insubordinação Criativa nos seus contextos.