
VARIAÇÃO LEXICAL DO PORTUGUÊS: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O ATLAS LINGUÍSTICO-ETNOGRÁFICO DE PORTUGAL E DA GALIZA E ATLAS REGIONAIS BRASILEIROS
Author(s) -
João Irineu de França Neto
Publication year - 2019
Publication title -
comsertões
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2357-8963
pISSN - 2318-4507
DOI - 10.36943/comsertoes.v6i1.5900
Subject(s) - atlas (anatomy) , portuguese , humanities , art , philosophy , linguistics , biology , paleontology
O presente artigo aborda as variações linguísticas no nível do léxico da língua portuguesa, estabelecendo comparações entre variedades do português europeu e do português brasileiro, tendo como base empírica os dados dos atlas linguísticos. Para tanto, foram selecionados o Atlas Linguístico-Etnográfico de Portugal e da Galiza (ALEPG), Atlas Linguístico da Paraíba (Alpa), Atlas Linguístico-Etnográfico da Região Sul do Brasil (ALERS). O problema de pesquisa foi o seguinte: existem convergências entre as variantes lexicais levantadas no Atlas Linguístico-Etnográfico de Portugal e da Galiza, no Atlas Linguístico da Paraíba e no Atlas Linguístico-Etnográfico da Região Sul do Brasil? Se existem, tais variantes permitem a constatação de áreas dialetais de encontro entre o português europeu e o português brasileiro? Nesta perspectiva, o principal objetivo da investigação foi o seguinte: estabelecer comparações diatópicas entre as variantes lexicais dos conceitos comuns ao atlas delimitados. A metodologia da pesquisa foi de caráter quantitativo, utilizando-se o Excel para sistematização e análise dos dados, além de se realizar uma discussão qualitativa dos itens lexicais. Utilizamos como referencial teórico autores da dialetologia e Sociolinguística, como Cardoso (2010), Álvarez Pérez (2012), Labov (2008), Tarallo (2002), dentre outros. Os resultados da pesquisa pretendem contribuir na elaboração de materiais didáticos para o ensino de língua materna na Educação Básica, fundamentados cientificamente nos dados empíricos das variedades lexicais que são faladas na região onde os educandos se situam socioculturalmente, levando-se em consideração as variedades locais do português.